terça-feira, 26 de julho de 2011

EDUCAÇÃO NO BRASIL

Ser professor

Existe uma distância enorme do professor que está em processo de formação em um curso de Letras e do professor "em formação" na sala de aula.
A sala de aula ensina tanto quanto a grade acadêmica. É interativo, assustador, frustrante e irremediavelmente apaixonante... Há épocas em que esse amor é platônico, possessivo e autoritário e passa por diversas fases até chegar na crise dos "7" anos (pode acontecer antes!).
O magistério deve ser um caso de amor mesmo! Pois é preciso se entregar, acreditar, lutar, saber ouvir e saber falar. É doar-se em tempo além da carga horária.
Às vezes dá vontade de pedir "divórcio" mas as crianças, ah as crianças... elas roubam sua paz e seu sono (até mesmo sua sanidade), e levam também seu carinho, sua preocupação e seu amor.
Creio ser mais que uma profissão! É uma missão. O professor é o oleiro que molda seu aluno para a vida, co-participante com os pais na formação de cidadãos capazes e responsáveis, atuante no processo de amadurecimento.
Esse "ser" é assim. Abre os olhos - do aluno para ver o mundo - e os seus para enxergar além de si mesmo.
Estende uma mão pedindo socorro diante das dificuldades enfrentadas no dia a dia ao mesmo tempo em que a outra tenta segurar na mão do aluno.
É difícil ser qualquer coisa... mais difícil ainda permanecer o que se escolheu...



Por: Profª Cida

*Preserve os direitos autorais. Ao copiar, inclua o nome do autor do texto.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO: Problema ou Solução?

Saúde na Educação

O Governo do Estado de São Paulo anunciou, através da mídia, o lançamento do programa “SP Educação com Saúde”, que visa, segundo o próprio Governo, “diminuir os gastos com licenças na Educação”. O Governo estima que 140 mil servidores da Educação estejam afastados por problemas de saúde, gerando um gasto de R$ 235 milhões ao ano.
Há muito tempo a APEOESP denuncia o adoecimento dos professores e demais profissionais da Educação e cobra providências do Estado. Pelo menos duas pesquisas que realizamos (em 2003 e em 2010) mostram que as principais doenças que acometem os professores são o estresse (e consequentes problemas psicológicos), problemas da voz, LER e tendinites. Tais doenças se originam de diversas causas, que vão do contínuo processo de desvalorização da profissão e passam sobretudo, por péssimas condições de trabalho, superlotação das salas de aula, jornadas de trabalho extenuantes e, até mesmo, a arquitetura das escolas e a inadequação de muitos de seus equipamentos.
texto parcialmente extraído do site da APEOESP.

Qual a sua opinião e/ou sugestão?

Por: Cida

Horas Culturais

Queridos,

Em muitas faculdades as Horas Culturais fazem parte do componente curricular.
Eis algumas dicas de como fazer um relatório de HCC.


* Este foi meu primeiro relatório de hc em caráter experimental (1º semestre). Vocês sentirão a diferença da escrita nas próximas postagens, aguardem!


Evento: 20ª edição da Bienal do Livro de São Paulo.
Local: PARQUE DO ANHEMBI - Av. Olavo Fontoura, 1209 - Santana - São Paulo - SP
Duração: 11 dias
Programação: 684 horas de atividades e mais de 2 milhões de livros à venda



 Fonte imagem: poesia-potiguar.blogspot.com



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Visita a 20ª Bienal Internacional do Livro 
de São Paulo em 24/08/2008




Frustração!
Foi o que senti quando cheguei da Bienal.
Não porque não tenha gostado... Ao contrário, por nunca ter ido antes. E essa foi a 20ª! Gostaria de achar um culpado para minha ignorância cultural, mas acho que o pior vilão sou eu mesma.
Por mais que não tivesse professores que me incentivassem a ler – nos extintos ginásio e colegial  – ou o fato de que em minha casa, embora tenha muitos irmãos, somente um é graduado, ou até mesmo por meus pais saberem escrever somente algumas palavras em seu semi-analfabetismo... Tudo isso poderia servir de fatores relevantes ou agravantes, mas a escolha, o interesse é sempre nosso!
Contudo, não é muito tarde ainda. O interessante do ser humano é essa renovação que se pode buscar em qualquer época da vida.
E isso me deu alento, agora estou inserida definitivamente no mundo da leitura. É fascinante! Tantos assuntos, tanto conhecimento, tanta informação disponível.
Em uma primeira olhada fiquei espantada pelo tamanho – teria que andar muito – depois um misto de surpresa e ansiedade.
Surpresa porque não imaginava que havia tamanha quantidade de editoras, já que no Brasil não se tem muito incentivo à leitura, pelo menos para a grande maioria, e o capitalismo precisa de “números”.
Uma surpresa agradável foi ver aquela imensidão de pessoas de todas as idades e condições sociais indo e vindo, descobrindo junto a seus avôs, netos, mães, filhos, amigos, namorados, o maravilhoso mundo das letras.
Tive que respirar fundo para não deixar a ansiedade tomar conta de mim, queria ver tudo - rápido. Mas os livros não são como vitrines de roupas onde se passa e dá rápida olhada e já vai para a próxima, eles requerem atenção. Eu os comparo àqueles doces de padaria, você olha todo aquele colorido e ornamentações e pensa “deve ser uma delícia”, quando o pega em suas mãos sente o cheiro, e só então vem a degustação. No caso do livro você olha a capa e o interesse captado pelos olhos passa para as mãos – e sempre dá aquela vontade de ler algum trechinho...
Prosseguindo em meu passeio cultural, em meio a tropeços e esbarrões, meus ouvidos foram agraciados com declamações de poemas e contos de vários escritores como Mário Quintana.
Meus pés já não agüentavam, mas meus olhos incansáveis procuravam mais títulos, mais autores, descobriam assuntos interessantes e de stand em stand ia crescendo mais o desejo de ler. Por fim meus pés venceram, mas não em detrimento do conhecimento, pois no caminho em vez de uma “pedra” tinha o projeto da empresa Volkswagen sobre poesia de cordel. E enquanto descansava (sentada!) ouvia as rimas e a criatividade do poeta interagindo com sua eclética  platéia.
Cinco horas depois meu corpo estava destruído e minha mente extasiada! Comprei 11 livros, alguns sugeridos pelos professores nas aulas da faculdade. Concluí minha visita com um gosto de quero mais assim como quando terminamos o doce, e mal posso esperar pela próxima viagem ao inusitado mundo dos sentimentos e da mente humana impresso em letras.

Por: Cida